Vídeo: A casa, o corpo o eu
Fundação:
Casa Redonda Centro de estudos
O vídeo mostra crianças
brincando de casinha, hospital, livremente com poucas intervenções adultas,
mostra como a criança modifica o meio a sua volta com coisas simples como um
caixote de madeira pedaços de panos velhos e a partir desses objetos constrói
conhecimentos de mundo, sociedade, ternura, cuidado com o outro e enfrenta
conflitos e a partir dos mesmo cria suas estratégias de escapismo.
Mostra que a criança
necessita sim de uma base para media-la
mas que a vezes e necessário deixá-la livre para que aprenda sozinha,
para que investigue o mundo com suas próprias mão para que aprenda com sigo e com o outro o que é
viver em sociedade quais são nossa obrigações como seres sócio-históricos
construtores de cultura.
Mostra também a necessidade
natural que o ser humano tem de cuidar e zelar pelo outro, a necessidade da
construção de um lar, a necessidade de escolhas pra a construção do eu, por fim
mostra como o ser humano é capaz de conviver com o outro, aprender com os
objetos a ele oferecidos e por fim se constituir como individuo dentro de uma
sociedade.
Texto:
Texto:
O “eu” da criança começa em casa,
no aconchego da mãe. Quando ela brinca de casinha e se imagina como os
personagens da mãe, do pai ou do filho, ela está representando a realidade em
que vive, a criança reproduz exatamente aquilo que acontece em casa. A mãe que
é figura forte de casa cuida do filho, que sempre acaba sendo a criança mais
nova que está na brincadeira, o pai sai para trabalhar e fazer as coisas de
fora de casa. Isso tudo a criança reproduz num mundo configurado de caixotes,
caixas de papelão, tecidos, pregadores de roupa e outros materiais que
possibilitem o manuseio da criança. Há aí uma relação existente entre a
construção do espaço “casa” e sua correspondência com o desenvolvimento e
estruturação do “eu”.
O brincar de casinha, representa
o refúgio que a criança sente no corpo materno, a mãe representa a casa, o
chão, simbólicos gestos de uma entidade que acolhe a criança. Esse refúgio
entre a casa e a criança cria entre o adulto e o pequeno uma comunicação não
verbal significativa dando início à primeira e universal linguagem de
conhecimento do ser humano: o brincar. A casa, o corpo, o eu, essa tríade é
reveladora na brincadeira de casinha. Espontaneamente expressando sua casa, seu
refúgio, a criança experimenta, no seu próprio corpo, seu chão, seu teto, suas
paredes e sua porta, criando uma estrutura básica que a coloca num movimento de
diferenciação entre ela mesma e o seu entorno. Através desse processo de
organização interna, a criança vai construindo, degrau por degrau, a
consciência de si mesma e consequentemente a estruturação do seu eu.
Desejo que este pequeno contato possa ampliar a formação de vocês como educadores. E que nunca se esqueçam deste processo de desenvolvimento do ser humano que a criança revela no seu brincar!
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